Meu primeiro conselho para quem está lutando contra a pornografia é sempre: “você precisa contar a alguém”.

Então, geralmente recebo diversas perguntas: Para quem? Por que? Quando? Como devo proceder com essa história de “contar a alguém”?

A necessidade de ajuda prática nessa área é muito grande. Por isso, aqui estão 5 coisas que eu diria que você precisa saber antes de se abrir com alguém:

1: Você precisa contar a alguém que vê pessoalmente

Com a internet e as redes sociais, os limites entre a vida real e a vida online podem se tornar muito frágeis. Podemos até tirar bom proveito e falar sobre nossas dificuldades nas redes sociais ou em um blog, mas isso não é o mesmo que conversar com uma pessoa que vemos e conhecemos.

Não precisa ser alguém que você vê todos os dias, mas precisa ser uma pessoa que seja real para você, que tenha maneiras reais de entrar em contato com você.

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Ela precisa estar em uma posição em que possa falar se dirigindo diretamente a você – não a sua persona online ou ao seu nome de usuário. Uma videoconferência com um conselheiro cristão pode ser útil. Mas postar usando um nome de usuário anônimo em um fórum online não é. Isso pode ser um ótimo complemento, mas, com certeza, não é um substituto.

O anonimato é uma das coisas que podem atrair as pessoas à pornografia e é uma das coisas que podem mantê-las lá.

2: Você precisa contar a alguém em quem você confia

A pessoa para quem você contar deve ser alguém com quem você tem uma relação de confiança. Por que? Porque a sua reação inicial depois de se abrir vai ser evitar tocar no assunto novamente. Por isso, se essa pessoa for alguém em quem você confia, você terá mais facilidade para lembrar-se de que ela se importa com você, e que você não precisa ter medo para se abrir sempre que precisar.

Um lembrete: essa pessoa não precisa ser algum de seus pais. Na verdade, eu não acredito que você tenha que contar aos seus pais. Há certas situações em que isso pode ser inútil, o que pode ser o caso quando um ou ambos os pais são aqueles que o introduzem à pornografia (e isso acontece mais vezes do que você pensa), ou quando a tendência familiar é varrer os assuntos difíceis para debaixo do tapete.

3: Confissão não é sobre humilhação

Quando eu era adolescente, ouvi muitas mensagens sobre o orgulho ser o obstáculo para a confissão. “Se você não contar a alguém é porque está sendo orgulhoso”. O pensamento parecia ser que, uma vez que você confessasse, seu orgulho teria desaparecido e você estaria livre. Mas isso não é bem assim.

Todos os anos em que eu não me abri com alguém não foram por orgulho, mas por medo. Eu estava com medo. Eu temia que a pessoa com quem eu me abrisse não pudesse me ajudar. E se eu lhe contar e ela for embora? E se eu lhe contar e ela não souber como ajudar? E se eu lhe contar e ela não puder ajudar? E se eu lhe contar e ela me machucar? Esse é um medo real para as pessoas que lutam contra a pornografia.

A ideia de confissão era humilhante, mas a ideia de ter que me humilhar repetidas vezes era aterrorizante.

Se eu confessasse a essa pessoa e ela não pudesse ajudar, o que eu deveria fazer? Na Bíblia, quando se fala de confissão, há sempre uma razão por trás disso, e não é “para que você pare de ser orgulhoso”. Na verdade, o objetivo da confissão é que as pessoas para quem você está confessando possam orar por você e ajudá-lo.

Confissão não é uma maneira de se humilhar publicamente procurando liberdade. É uma maneira de reunir um exército ao seu redor para lhe ajudar.

4: Você pode ter que fazer isso mais de uma vez

Quando falo com líderes e pastores, eu os aviso. Eu lhes digo que se uma pessoa chega a eles confessando sua luta contra a pornografia, é porque eles são sua última esperança. É um pedido desesperado de ajuda, e se eles se afastarem, provavelmente ela nunca mais confessará.

Mas há algo que você precisa entender: se você está confessando e esperando encontrar ajuda, você pode ter que fazer isso mais de uma vez.

Essa não é uma perspectiva empolgante, eu sei, mas é algo para que você precisa estar preparado mental e emocionalmente.

5: Confissão é apenas o começo

A confissão é apenas o começo de sua jornada. Há muito trabalho a ser feito depois disso – um trabalho de estabelecer limites, trabalhar em fraquezas e encontrar cura e liberdade.

A confissão é a primeira parte desse processo. A pessoa para quem você confessa não vai resolver todos os seus problemas e pode ser frustrante para eles se você espera que eles o façam.

O que você pode fazer?

Independentemente de quem seja a pessoa com que você vai se abrir – um pastor, um conselheiro, seus pais, seu cônjuge, namorado(a), ou um amigo de toda a vida -, saiba que a luta por liberdade depende de você e de seu relacionamento com Deus.

O propósito de confessar é reunir pessoas para ajudá-lo, para caminhar nessa jornada com você. Elas podem mantê-lo responsável. Elas podem acolher você com um ombro amigo e levantá-lo em oração, mas elas não podem correr sua corrida por você. Esse é um longo caminho, e a confissão é apenas o começo.

Vai ser difícil, desconfortável, ou esquisito? Provavelmente. Mas também pode ser o mais importante passo a ser dado em sua caminhada na luta contra a pornografia. Vale a pena dá-lo.

*Texto traduzido e adaptado de “Before you tell somebody, here’s 5 things you should know”. Disponível em: https://beggarsdaughter.com/tell-somebody-heres-5-things-know/

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