A primeira vez que eu ouvi alguém falar sobre pornografia em um contexto relacionado à minha fé, foi em outra língua, e pela internet.

Eu já estava estudando na faculdade, e já tinha sofrido muito com a pornografia, desde o início da adolescência. Até que, um dia, me deparei com as pregações online de um pastor norte americano chamado Mark Driscoll. Os sermões dele me impactaram muito, especialmente pela naturalidade com que ele falava sobre temas que, até então, nunca haviam sido sequer mencionados em minha igreja.

Deus usou o pastor Mark para me alcançar com a mensagem do evangelho de Jesus de uma maneira transformadora, e por meio dele me deu o empurrão de que precisava para confessar meus pecados, buscar ajuda e combater a pornografia de uma forma intencional.

Mas, será que essa ajuda precisava mesmo ter vindo de tão longe? Por que minha igreja local não abordou o assunto, e não me estendeu o apoio de que precisava?

É provável que você já se tenha feito perguntas semelhantes, e é possível que faça parte de um grupo de cristãos que nunca falou sobre uma das questões que mais afligem a sua vida. Quer saber por que isso acontece? Aqui vão algumas razões.

3 razões porque é tão difícil falar sobre pornografia na igreja:

1: Excesso de culpa

A culpa é o principal sentimento com que convivem as pessoas que veem pornografia. Muitos pastores e líderes se sentem culpados por verem pornografia. É bem provável que você também se sinta assim.

Na verdade, é muito bom que isso aconteça, pois esse sentimento nos revela que há algo de errado com o ato. Mas o grande problema é que a culpa também costuma travar qualquer possibilidade de diálogo, afastando as pessoas de um relacionamento saudável com Deus e com seu próximo.

Sentimo-nos muito confortáveis para falar sobre os pecados dos outros, não é mesmo? Mas, quando é para falar sobre nossos desafios e quedas, o silêncio toma o ambiente.

Precisamos reconhecer que somos todos culpados, e encontrar descanso no perdão que nos foi concedido por Jesus. Com essa perspectiva, teremos liberdade para abrir nosso coração e com sinceridade ajudarmos uns aos outros em nossas lutas.

2: Falta de conhecimento

Muitos cristãos acreditam que ver pornografia é pecado, mas não sabem muito bem porque. Então, a conversa geralmente  termina assim: “é pecado e pronto. Não veja”.

Mas a realidade é que isso nem sempre é tão simples assim. A pornografia atua em nosso cérebro, impacta nosso coração, e abala nossa fé. Pornografia vicia, destroi casamentos, e anula o vigor e a alegria de quem a consome.

Precisamos conhecer os males que a pornografia causa, para lidarmos com essa realidade de maneira apropriada.

3: Falta de coragem

Não é fácil falar sobre pornografia. A gente se sente culpado, e sem o conhecimento necessário para abordar o assunto. Mas, além disso, um dos maiores problemas que enfrentamos é a falta de coragem.

É preciso coragem. Ninguém disse que seria fácil.

É preciso coragem para que um pastor fale sobre pornografia no púlpito. É preciso coragem para que alguém preocupado com seus irmãos na fé levante a discussão sobre pornografia. É preciso coragem para que um cristão tire a máscara da hipocrisia e fale com honestidade sobre aquilo que há em sua mente e coração.

A boa notícia é que, com Jesus ao nosso lado, podemos ter coragem.

Seu perdão nos tira o peso da culpa. Sua generosidade nos presenteia com a possibilidade de aprender, conhecer, e entender os males que o pecado nos traz. Sua companhia nos traz coragem.

Em meio a terríveis ondas em alto mar, os discípulos de Jesus o viram. E, certamente, suas palavras também se aplicam a nós, quando estamos cercados pelas amedrontadoras ondas do silêncio: “Jesus imediatamente lhes disse: ‘Coragem! Sou eu. Não tenham medo’ (Mt 14.27).

O que você pode fazer?

Falar com mais naturalidade sobre pornografia é um importante passo para que possamos lidar melhor com esse problema, buscar ajuda ou ajudar quem sofre. Por isso, tenha coragem e fale. Uma dica simples é você compartilhar este texto e outros conteúdos do blog ou de nossas redes sociais para iniciar uma conversa. Lembre-se: nós estamos juntos nesse desafio!

Ah! Neste texto, eu falei sobre o problema. Mas na semana que vem, quero sugerir algumas soluções, e por isso vou apresentar 3 sugestões para você abordar o tema da pornografia na sua igreja.

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