O livro bíblico de “Jó” é bastante conhecido por mostrar como o ser humano poderia encarar o sofrimento.

Jó, o personagem principal, era um sujeito muito respeitado e bem-sucedido, mas, em determinado ponto de sua vida, perde tudo. Uma sequência de tragédias causa a morte de seus dez filhos, destroi suas posses, e leva embora sua saúde (Jó 1 e 2).

Por causa desses fatos, o livro já seria uma leitura fortemente recomendável para quem luta contra a pornografia. Afinal, quem vê pornografia aos poucos também vai perdendo relacionamentos, oportunidades, e até mesmo sua saúde. Tudo isso, somado à culpa e à vergonha diante de Deus, é causa de grande sofrimento. E, de fato, 76% das pessoas confirmam que consideram a pornografia algo ruim, e 72% dizem que gostariam de se livrar desse vício.

Então, se você de alguma maneira se identifica com essa situação, vá direto ao livro de Jó, e depois deixe aqui seus comentários, com as suas impressões.

Para encorajá-lo, vou compartilhar agora algumas das minhas. São três destaques, sobre o que aprendi lendo Jó:

Abrir o coração é uma virtude

No capítulo 31, Jó faz uma promessa muito conhecida: “jurei que os meus olhos nunca haveriam de cobiçar uma virgem” (v.1). Além desse, ele menciona vários outros esforços, na busca por determinadas virtudes: agir com honestidade (v. 5), ajudar pobres e viúvas (v. 16), receber pessoas com hospitalidade (v. 32), não confiar nas riquezas (v. 24), nem se alegrar com o sofrimento dos inimigos (v. 29).

Agora, o que me chama a atenção é que um dos itens da “lista de virtudes” de Jó é: “jamais procurei encobrir minhas faltas (…), nem escondi no coração os meus pecados” (Jó 31.33).

Você também acha isso surpreendente?

Nossa tendência é esconder nossos pecados, é querer que eles não sejam descobertos. Mas com Jó eu aprendo que é bom ser honesto, e que há recompensas para quem tira a máscara e abre o coração.

E é exatamente isso que o apóstolo João mais tarde confirma: “se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele cumprirá a sua promessa e fará o que é correto: perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda maldade” (1Jo 1.9).

Meus pecados não ferem a Deus, mas sim ao meu próximo

Outra questão muito importante que vemos no livro de Jó é: “se você peca, isso não atinge a Deus lá no alto; as suas faltas, por muitas que sejam, não vão prejudicar a Deus (…). São os outros que sofrem por causa dos pecados que você comete; e também são eles que são ajudados quando você pratica o bem” (Jó 35.6-8).

Uau… Isso é muito real no contexto da luta contra a pornografia.

A Bíblia não nos revela um Deus caprichoso, que se diverte em escolher mandamentos e criar leis para testar os seres humanos. Não. Na verdade, ela nos mostra um Deus amoroso, cuja vontade é boa, perfeita e agradável – para o nosso bem e para o bem de nosso próximo. Quando você vê pornografia, não é a Deus que está ferindo:

  • Quem se machuca são as pessoas que fazem parte da indústria pornográfica, a qual você apoia ao clicar em seus conteúdos.
  • Quem se machuca é você mesmo, ao expor sua mente e coração aos impactos da pornografia, mergulhando-se em culpa e opiniões e comportamentos deturpados.
  • Finalmente, quem também se machuca são as pessoas ao seu redor, que são de muitas formas sacrificadas por causa do seu “entretenimento”.

A boa notícia é algo totalmente inesperado: mesmo não sendo alvo de nossas maldades, Deus decide se expor.

Em Jesus, Deus se torna “atingível” e “prejudicável”. Ele toma nosso lugar, e toma sobre si as feridas e machucados por causa de todas as transgressões humanas: “era o nosso sofrimento que ele estava carregando, era a nossa dor que ele estava suportando (…). Nós somos curados pelo castigo que ele sofreu, somos sarados pelos ferimentos que ele recebeu” (Is 53.4-5).

Essas são ou não são maravilhosas notícias? 🙂

Ouvir com atenção é uma das melhores formas de levar consolo

O terceiro aprendizado que ganhei lendo Jó é que “uma pessoa desesperada merece a compaixão dos seus amigos” (Jó 6.14).

Agora, é bem provável que seus amigos não sejam perfeitos, e as pessoas ao seu redor podem não ser tão cheias de compaixão diante dos seus desesperos – assim como os amigos de Jó.

Mas Jó me ensina a tentar.

Na verdade, ele tentou muito… A ponto de dizer claramente a seus amigos o que esperava deles: “o melhor consolo que vocês podem me dar é escutar com atenção as minhas palavras” (Jó 21.2).

É verdade… Jó não teve grande ajuda desses amigos. Mas ele estava com os olhos abertos, procurando identificar se Deus não o ajudaria por meio deles. A questão é que, às vezes, quando estamos desesperados por causa da culpa, e procurando esconder nossos pecados, deixamos de buscar ajuda no lugar certo. Pedimos um milagre divino, mas fechamos os olhos para pessoas que estão ao nosso redor, e que podem ser a resposta de Deus para nossas orações.

Você já tentou?

Fique atento. Pode ser que um amigo próximo, um pastor ou um líder em sua igreja, ou até mesmo este texto, podem ser formas como Deus quer consolar você diante dos sofrimentos.

Ah! Só mais uma coisa: Esteja também com os ouvidos atentos… Pois podem ter pessoas ao seu redor que esperam pela sua ajuda. A quem você pode ouvir e abençoar com compaixão hoje?

O que você pode fazer?

O livro bíblico de Jó nos ensina muitas coisas, e assim como toda a Bíblia, ele é todo a respeito de Jesus, e de como Ele é a resposta de Deus para nossos maiores sofrimentos e sonhos. Compartilhe este texto, para que mais pessoas conheçam essa realidade!

Comente abaixo: o que você já aprendeu lendo o livro bíblico de Jó?

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