Você já deve ter se deparado com frases ou reflexões motivacionais, que sugerem que você deveria parar de dar desculpas e simplesmente ir lá e fazer o que precisa ser feito. Se aplicarmos essa mentalidade ao desafio de parar de ver pornografia, por exemplo, podemos encontrar sugestões do tipo: “por quanto tempo mais você vai ficar se vitimizando, dizendo para si mesmo que essa é uma tarefa impossível? Ora, já chega desse “mimimi”… #PareDeTentar!”.

Bem, de fato, eu gostaria de apresentar alguns motivos para você “parar de tentar”. Mas minha reflexão não tem nada a ver com essa postura do parágrafo anterior. Na verdade, o que quero dizer tem mais a ver com foco.

“Não pode olhar!”

É impressionante. Toda vez que eu quero fazer uma surpresa ou alguma brincadeira com meus filhos, em que estou escondendo algo como um doce em minhas mãos, acontece o seguinte: antes mesmo que eu termine de dizer: “não pode olhar!”, eles já estão grudados em mim, com olhos atentos para descobrir qual é o segredo.

O mesmo tende a acontecer com qualquer um de nós. Se eu disser para você: “não imagine um elefante cor-de-rosa fazendo malabarismo”, a probabilidade de você fazer exatamente o contrário é muito grande. Não é verdade?

De maneira semelhante, colocar o foco sobre a atitude de “parar de ver pornografia” pode acabar gerando um efeito indesejado, que é ficar obcecado somente com essa negação, e perder de vista as possibilidades positivas que realmente podem nos trazer liberdade.

Ajustando o foco

Quando alguém vê pornografia, na verdade está à procura dos efeitos que ela promete trazer. Está atrás de prazer, alegria, alívio, consolo, satisfação… A pornografia é simplesmente um meio para atingir esses objetivos.

Mas, você já sabe, ela traz junto de si todos os sintomas e impactos destrutivos para quem faz parte de sua indústria perversa, para aqueles que consomem seus conteúdos, e para quem se relaciona com esses consumidores.

Então, é claro que é extremamente saudável lutarmos contra a pornografia. Mas a questão é “como fazer isso?”.

Por isso, o que quero dizer é que, mais do que dizer “não” à pornografia, precisamos aprender a dizer “sim” àquilo que pode nos trazer essas coisas boas, as quais muitas vezes procuramos no lugar errado. Precisamos ajustar nosso foco.

O que aconteceria se você passasse a investir em cultivar bons relacionamentos, com seu cônjuge, família, amigos, colegas e vizinhos? E se você passasse a dedicar mais tempo para cuidar de seu corpo, praticando esportes, alimentando-se melhor e descansando? E se você lesse mais livros? E se você participasse de alguma comunidade cristã saudável? E se você se colocasse à disposição para servir uma causa ou pessoas que precisam de ajuda?

Eu tenho certeza de que, em cada uma dessas experiências, você teria a oportunidade de sentir prazer, alegria, alívio, consolo, satisfação…

Percebe? É justamente aquilo que, no fundo, você está procurando. E o mais incrível é que, se dermos esse passo, a consequência direta é que nossas chances de vencer a pornografia se tornam cada vez maiores!

O que você pode fazer?

Acredite em mim: eu sei que tudo isso pode soar como um grande fardo… Que você pode ler essas sugestões e concluir que é a pior pessoa do mundo por estar falhando tanto em realizar essas coisas. É assim que muitas vezes eu também me sinto.

Afinal, mesmo entendendo que temos a possibilidade de encontrar bênçãos em oportunidades que Deus nos dá e que estão diariamente ao nosso redor, a realidade é que nós somos falhos, fracos e tolos.

É por isso que, mais uma vez, o que verdadeiramente precisamos é parar de tentar ser perfeitos. Jesus já o é, em nosso lugar. Por meio de sua morte e ressurreição, ele nos livrou desse fardo.

Então, ajuste o foco. Mais do que obcecar-se em tentar se livrar da pornografia, abra os olhos para as oportunidades de viver o amor que Deus coloca em sua vida. E, mais ainda, fixe o olhar em quem lhe ama, independente das suas falhas, fraquezas e tolices: “conservemos os nossos olhos fixos em Jesus, pois é por meio dele que a nossa fé começa, e é ele quem a aperfeiçoa” (Hb 12.2).


Se você quer se juntar à Comunidade de Guerreiros “O mal que eu não quero”, receber textos como esse diretamente em seu email, e ainda ganhar 2 eBooks para lhe ajudar na luta contra a pornografia, basta deixar seu nome e email a seguir, e clicar em “enviar”:

E, se você gostou deste texto, compartilhe, para que mais pessoas possam se juntar à nossa luta!