Nunca é fácil falar sobre nossas lutas pessoais com alguém. Não é como se a gente estivesse pronto para sair falando para qualquer pessoa ao nosso redor: “ei, sabia que para mim a pornografia é um grande desafio?”.

Na verdade, abrir-se dessa maneira com quem quer que seja sempre é uma situação que exige muita coragem.

Agora, quando a pessoa com quem você se abre é alguém próximo, aí sim que tudo fica ainda mais difícil.

Há o medo do julgamento. Da decepção. O receio de que nossos pecados sejam tão deploráveis que nos afastem daqueles a quem mais amamos.

Mas o que ninguém lhe conta é que, na verdade, isso já está acontecendo. Preste atenção: a realidade é que, se você tem um problema com a pornografia, ela já o está afastando das pessoas a quem você mais ama.

É por isso que eu sempre incentivo as pessoas que vêm me pedir ajuda a se abrirem. Afinal, é só na luz, e não nas sombras, que podemos tratar nossas feridas.

Mas sei que isso não é fácil. Por isso, quero compartilhar um pouco de como isso aconteceu em minha vida. Não que eu seja um modelo, mas, quem sabe, essa experiência possa ajudar você em sua própria caminhada.

O dia que a máscara caiu

Minha memória não é muito boa, mas lembro que era de noite. Eu estava visitando meus pais e irmã, e nós estávamos tendo uma discussão mais séria sobre algumas falhas pessoais, e sobre como elas estavam atrapalhando nosso relacionamento. Uma clássica “DR” em família.

É claro que os ânimos estavam meio exaltados, mas acho que nenhum de nós imaginava onde aquela conversa iria parar.

Bem, para resumir a história, o fato é que eu estava argumentando que todos nós somos pessoas cheias de falhas, e que é muito importante reconhecermos isso. Mas eu precisava exemplificar esse ponto e, na ocasião, não vi melhor modo de fazer isso do que falar sobre minha luta contra a pornografia.

Então, ali estava eu. O filho querido, o irmão exemplar, falando sobre como, por anos, viveu aprisionado a um pecado tão deprimente.

A resposta que fez toda a diferença

Você deve imaginar a angústia que eu senti ao me expor assim.

É verdade que, nessa ocasião, eu já tinha passado por outros dois momentos semelhantes: quando me abri com minha namorada (hoje, esposa), e quando pedi a ajuda de um grande amigo (hoje, padrinho de casamento). Então, eu já estava no processo, e por isso já tinha mais segurança para falar sobre isso.

Mesmo assim, não foi fácil. Mas preciso dizer que, ao mesmo tempo, um peso enorme estava sendo liberado das minhas costas.

Afinal, apesar dos olhares surpresos, a resposta que ouvi foram palavras de compreensão, de acolhimento, e lembretes do perdão que temos em Jesus.

Naquela ocasião, minha confissão acabou cumprindo bem seu papel de ilustrar o que eu estava querendo dizer. Mas, mais do que isso, percebo que transformou de forma muito positiva meu relacionamento com minha família.

Além disso, esse acabou sendo mais um passo muito importante para que eu tomasse coragem para seguir em frente na luta, e continuasse a buscar meios de ajudar outras pessoas que estivessem passando pelo mesmo.

Desde então, minha família sempre está entre os maiores apoiadores do projeto “O mal que eu não quero”, tendo paciência para ouvir minhas ideias malucas, incentivando de todos os modos possíveis, e colocando tudo isso em oração. E, quando digo que o apoio é grande, não estou brincando! Dá uma olhada no presente que ganhei há alguns dias, quando recebi a visita de minha mãe:

Eu não sei se você sabe, mas o YouTube premia os criadores de vídeos com uma placa comemorativa, quando eles atingem determinado número de seguidores. Então, para celebrar a marca de 10.000 guerreiros e guerreiras no nosso perfil do Instagram, minha família mandou fazer essa placa! Demais, né?

E se a sua família não o apoiar?

Espero que essa história que vivi possa encorajar você a percorrer o caminho da transparência. Esse é, de longe, um dos fatores mais importantes para quem deseja viver livre da pornografia.

Mas reconheço que nem sempre a resposta que obtemos ao nos abrirmos é a mesma que desejamos. Nem sempre temos o apoio de que precisamos.

Por isso, precisamos nos lembrar de onde está o nosso verdadeiro refúgio. Aquele lugar para onde podemos correr, em qualquer ocasião, não importa o que tenha acontecido. A Bíblia diz: “ainda que o meu pai e a minha mãe me abandonem, o SENHOR cuidará de mim” (Sl 27.10).

Então, lembre-se: sempre que precisar de ajuda, você pode orar como o salmista: “ó SENHOR Deus, ensina-me a fazer a tua vontade e guia-me por um caminho seguro” (Sl 27.11). Tenha certeza: Ele tem prazer em nos ouvir, ensinar e guiar.

O que você pode fazer?

Transparência é fundamental para vencer a pornografia. Expor nossas falhas e fraquezas pode ser difícil, mas vai fazer toda a diferença.

E, se você não está convencido(a), aqui estão dois textos que vão lhe ajudar a compreender melhor porque digo isso:

Se você quer se juntar a uma Comunidade que tem buscado viver a transparência na prática, receber textos como esses diretamente em seu email, e ainda ganhar 2 eBooks para lhe ajudar na luta contra a pornografia, basta deixar seu nome e email a seguir, e clicar em “enviar”:

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